Olá, Kadimeiros de plantão!
Essa é a nossa mais nova novidade:
Um super blog, preparado com muito carinho, para deixar todos por dentro das novidades que acontecem no mundo Kadima Bnei Akiva!
Esteja por dentro das nossas atividades, promoções e surpresas;
Assista vídeos com super Dvrei Torá, leia nossos textos e aprenda cada vez mais sobre o judaísmo;
Junte-se a esse grupo que há 43 anos faz parte da história e do coração de cada um da comunidade de Belém, e que sabe que aqui no Kadima Bnei Akiva se vivem os melhores anos da sua vida!

sexta-feira, abril 29, 2011

Evento de Iom Hashoa


Neste domingo, mais um evento imperdível promovido pelo grupo

  Kadima Bnei Akiva

em homenagem às vítimas do Holocausto,  na sede do movimento.

Participe, e mostre que mesmo depois de uma atrocidade como esta,

 Am Israel Hai!

domingo, abril 17, 2011

Avodat Hashem de Pessach

O que é pessach?  
Porque comemoramos pessach?
Porque comemos matza?

A resposta que daríamos, aprendemos no jardim de infancia, quando contavam a historinha de que Hashem mandou as 10 pragas e fomos libertados do egito, e comemos matza por que as mulheres nao tiveram tempo para fermentar o pão, e fazemos o sêder para contar para as crianças da história.

Mas porque viver do passado?
Já já voltamos a esta pergunta..

Lot, sobrinho de Avraham, que morava em Sodom, recebeu os anjos que vieram salvá-lo, e está escrito que deu de comer MATZA aos anjos. Porque? Rashi explica dizendo que era pessach.

Pára tudo! Como assim?
Quanto tempo antes da saída do egito, que sabemos que é pessach, Lot existiu?
No minimo 400 anos!E de quem ele aprendeu isso? De Avraham!

Mas como pode ser que Avraham fazia matza se ainda não tínhamos saído do Egito? Sequer havíamos entrado nele!

[Tempo para pensar]

Na verdade, a resposta é inversa.
Pessach, não é um acontecimento, como achamos que era quando nos ensinaram com 3 anos de idade.
Pessach não se define como a saída do egito.
Ao contrario.
Saimos do egito porque era pessach!
Pessach, na realidade, é um tempo espiritual, com o qual Hashem fez o nosso calendário.
O povo de Israel possui suas épocas de sorte e épocas de pouca sorte.
E isso já havia sido definido antes de todas as coisas acontecerem.
Tisha be av não existe por que o tempo foi destruído, mas o templo foi destruído por que era tisha be av!
E saímos do egito por que era pessach.

Um pouco confuso, certo?

Precisamos, antes de tudo saber qual é o verdadeiro sentido de pessach.
Pessach é sinônimo de liberdade.
A liberdade que ocorreu no egito foi a liberdade mais simples que conhecemos: Liberdade fisica. Agora já não eramos mais escravos.
Mas sabemos que existem muitos tipos de liberdade, assim como existem muitos tipos de prisões.
E mesmo assim, surge outra pergunta mais desafiadora.
Quantas pessoas saíram do egito? 3 milhões.
Mas sabemos que isso era apenas 20% do povo todo!
E o que aconteceu com os outros? Foram mortos na praga da escuridão.
Porque? Por que eles se recusaram a sair do egito.
Queriam continuar presos, queriam continuar com as suas vidas, por que era 'fácil' e 'cômodo', mesmo depois de todo sofrimento.
Eles, não podiam ser libertados porque não queriam a liberdade!

Então,como é possivel que, diante da morte de tantas pessoas, nos sentamos numa mesa e festejamos?

Todos os dias de manhã, falamos: Baruch Atah Hashem Elokeino Melech Haolam she lo assani Goi. ( bendito es tu D-s, rei do mundo, que nao me fez goi)

Um minuto.
Você tem certeza de que não é goi?
Vamos analisar:

Que idioma você fala? É o hebraico?
Que tipos de músicas você escuta? São judáicas?
Onde você mora? É em Israel?
O que você estuda todos os dias, é tora?
Você se veste como judeu?
E etc, etc, etc.

O que faz você pensar que é judeu?
Aqui aprendemos a resposta daquela pergunta lá do inicio, quando perguntei: "Porque viver do passado?"
Ninguém consegue viver de história.
Pessach é sinônimo de liberdade, porque na realidade todos nós ainda somos escravos.
E cada um de nós tem o seu egito.
Somos escravos de uma sociedade laica, somos escravos do lugar onde nascemos que na realidade não é o nosso lugar, somos escravos do que dizem que precisamos, e depende de cada um, decidir se vai fazer parte dos 20% que sairam do egito, ou dos 80% que morreram.
Pessach é o momento que lembramos de Moisés e podemos falar: Vou contigo. Sou como você. Faço parte do povo de Hashem, e meu pai é Avraham, que teve seu pessach quando se libertou da sociedade politeísta e se tornou monoteísta.
Na realidade, aprendemos que Pessach não é um conto que se passou no passado e acabou.
Pessach acontece todos os anos, quando temos a oportunidade de nos libertar.
Pessach está no nosso presente, no agora, e temos duas escolhas.
Nos tornar mais judeus, ou continuar achando que os chaguim são feitos para comermos muito.

Por isso Hashem nos faz comer matza.
A matza é o pão que não está inflado, ela é a essência, é o mais simples, e é assim que temos que nos ver. Nés somos judeus e essa é a nossa essência. Não quer dizer que devemos fazer o certo na semana de pessach e depois voltar ao que era antes, e nada valeu.
O que devemos fazer é dar um passo ou dois, para que no próximo ano eu já dê o terceiro, e não o primeiro novamente.
Este é o real sentido de Pessach, e não simplesmente ocupar a cabeça com a limpeza de casa, mas a limpeza da alma.

Nao vivemos de história, mas existiram pessoas que perderam a sua familia no passado (holocausto) e pessoas que perdem sua familia no futuro (assimilação). A decisão é sua.